Fonte: "Jornal Foco Regional"
JOSÉ ROBERTO MENDONÇA
JOSÉ ROBERTO MENDONÇA
Eleito no mês passado com o apoio de três ex-presidentes que estão integrando a nova diretoria, o novo presidente do Barra Mansa, o advogado Celestino Resende, fez um apelo à comunidade para que a volta do Leão do Sul ao futebol profissional, justamente no ano de seu centenário, não seja, mais uma vez, apenas fogo de palha. "A gente não pode deixar um clube como o Barra Mansa fora do futebol profissional", frisou o novo presidente, citando o exemplo do Cardoso Moreira, que está disputando a Primeira Divisão do futebol fluminense.
Ele também ressaltou o apoio da prefeitura, manifestado num ano eleitoral: "A prefeitura tem mesmo que apoiar. No interior, sem as prefeituras, não tem como (o futebol profissional) ir para frente. Não é por questões políticas. Hoje não tem condição nenhuma de o Barra Mansa sequer abrir os olhos sem a ajuda da prefeitura. O prefeito encampou a idéia. Agora com a diretoria eleita, vamos trabalhar para ver o Barra Mansa grande de novo", prometeu.
Mas, para o novo presidente, o principal apoio terá que partir da cidade. "Sem o apoio da população, dos apaixonados torcedores do Barra Mansa, não vai adiante", alertou Celestino, que aceitou assumir a presidência a partir do pedido de um grupo que ele definiu como de "apaixonados pelo Barra Mansa". Ele ressaltou a ajuda do empresário e ex-dirigente do Botafogo, Antônio Rodrigues, que ajudou o clube a montar um time para a disputa do Campeonato de Juniores, que já está em andamento.
A ajuda de Rodrigues foi intermediada pelo subsecretário de Governo do Interior, Edílson Silva, e, segundo Celestino, o agora empresário também deverá ajudar na montagem do time de profissionais para o Campeonato da Terceira Divisão, com início previsto para agosto. Segundo ele, algumas parcerias já estão bem encaminhadas. O início do trabalho da nova diretoria, conforme admitiu, foi meio a toque de caixa devido à necessidade de montar às pressas o time para disputar o estadual de juniores, obrigatório para disputar também o de profissionais.
Planejamento vai ser feito para campeonato
Planejamento vai ser feito para campeonato
Ele prometeu ainda que haverá um planejamento adequado para que o Barra Mansa não faça feio no campeonato. "Vai haver planejamento. O Leão abriu os olhos. Precisamos divulgar a volta do time e precisamos da ajuda dos empresários da cidade, porque sem isso não tem como começar", afirmou, confirmando que jogos em que o Barra Mansa tiver o mando de campo serão realizados no Estádio Baldomero Bárbara. "A Saint Gobain está nos ajudando e pode ser parceira, em futuro bem próximo, para a divisão de profissionais", adiantou.
De acordo com Celestino, está sendo avaliada a questão do Estádio Leão do Sul, na Colônia Santo Antônio, visto por muitos como fora de mão, por se encontrar distante do Centro da cidade. O estádio pertence ao município mas está cedido ao clube, por comodato. Jogos ali, por enquanto, nem pensar: "O estádio está sem condições estruturais para jogos. Estamos avaliando. O prefeito mostrou o projeto cedido pelo Edílson Silva para um novo estádio, mas não é algo para agora. Defendo o uso do estádio da Colônia para a construção de um novo, exatamente pelo espaço existente ali", afirmou Celestino.
Segundo ele, a nova diretoria definirá também a questão do imóvel, no Centro, que abriga a sede do clube e que a prefeitura quer usar para a construção de uma nova escola. A desapropriação é vista por muitos como a forma de o Barra Mansa poder fazer dinheiro e saldar dívidas. Comenta-se que o buraco financeiro do clube chegue a R$ 300 mil, mas a nova diretoria ainda não está certa se é este mesmo ou se o valor é maior: "O que sei é que o Barra Mansa hoje não tem renda, só dívida. Não sei nem o tamanho. Por isso, temos que levantar tudo para ver o que é melhor a fazer".
Otimismo entre ex-presidentes
A reconstituição de uma diretoria eleita e a certeza de que o clube vai disputar a Terceira Divisão devolveram a pessoas históricas o otimismo quanto ao futuro do Barra Mansa. Um dos mais empolgados é o advogado Celso dos Prazeres. Foi na gestão dele que o time conseguiu conquistar uma vaga para a Primeira Divisão, em 1996, mas acabou não disputando porque a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro mudou o regulamento logo em seguida, causando grande decepção na cidade e levando à suspensão das atividades profissionais.
A reconstituição de uma diretoria eleita e a certeza de que o clube vai disputar a Terceira Divisão devolveram a pessoas históricas o otimismo quanto ao futuro do Barra Mansa. Um dos mais empolgados é o advogado Celso dos Prazeres. Foi na gestão dele que o time conseguiu conquistar uma vaga para a Primeira Divisão, em 1996, mas acabou não disputando porque a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro mudou o regulamento logo em seguida, causando grande decepção na cidade e levando à suspensão das atividades profissionais.
"É uma satisfação grande a gente ver o Barra Mansa, no ano do seu centenário, ressurgir das cinzas. Essa é a verdade. Eu declinei de participar da diretoria, mas vou ajudar. Por problema de saúde não posso participar, mas vou ajudar como se estivesse na diretoria", salientou Celso. Ele, porém, fez uma recomendação: "Se não houver planejamento, não tem jeito. É preciso planejar o que vai ser feito e explorar o ano do centenário, transformar em recursos, sortear brindes nas escolas, para que a cidade perceba que o time voltou. E para ficar".
O também ex-presidente Silvio Antônio Francisco elogiou a escolha de Celestino para o cargo e colocou-se à disposição para ajudar. Lembrou que a nova diretoria é composta por Luiz Romualdo da Silva, José Luis Reis e Elias Nagib Félix, todos ex-presidentes. "Estou muito esperançoso porque o Barra Mansa está fazendo um alicerce para se manter. A prefeitura nos abriu as portas", disse ele, enfatizando o "diálogo mais amigável e de apoio do prefeito Roosevelt Brasil".
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