Foto: BMFC (divulgação) |
Dr. Marcelo Jucá falou sobre a importância do Direito Desportivo no futebol:
"Tem cerca de dois anos que eu resolvi advogar e hoje eu sou advogado de mais de 15 clubes, incluindo o Vasco da Gama. É muito difícil exercer a função, pois o advogado se envolve com a causa, o advogado acredita naquilo que está defendendo e o advogado não aceita, mas acaba vendo injustiças acontecerem. Então, a minha função como advogado é não permitir que as injustiças aconteçam. E, por ter pertencido ao sistema, eu sei como ele funciona e, por isso, procuro muitas vezes em minhas dissertações mostrar ao julgador que o justo, o correto e o razoável é aplicar a lei de forma que não se beneficie o sistema, e que se beneficie a parte, a moralidade desportiva e o fairplay."
A respeito do livro que escreveu sobre Direito Desportivo:
"O livro é um estudo de casos concretos desde de quando eu comecei em 2005. Então a ideia é mostrar como pensa um juiz e auditor na justiça desportiva e de como ele decide. A justiça desportiva funciona dentro de um microssistema do direito brasileiro. Então o que ocorre em outras áreas do direito também ocorre no direito brasileiro, porque os auditores são os juízes, são advogados e que trabalham em outros microssistemas. E é isso o que o livro mostra. Ele mostra como esses microssistemas se comunicam e como o julgador brasileiro julga conforme a sua convicção, o que, para muitos, é errado, pois se deve julgar em conformidade com a lei e em conformidade com os regulamentos e garantindo que sejam preservados os princípios da moralidade desportiva e dando segurança jurídica à competição, mas nunca agir com teatrologia ou ilegalidade."
Marcelo Jucá foi Presidente do TJD/RJ (2016/2020) e; atualmente é Presidente da Comissão Especial de Justiça Desportiva da OAB/RJ; advogado do Vasco SAF, Paysandu, SE Búzios, Portuguesa-RJ, Boavista, America-RJ, entre outros; Mestre e Doutor em Direito e Evolução Social com ênfase no Direito Desportivo.
Por Diogo de Oliveira Paula
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