Rebaixado dentro das quatro linhas na Série B1 do Campeonato Carioca, o Barra Mansa promete recorrer à Justiça Desportiva para evitar a queda. Independente disso, projeções futuras já se abrem sobre o clube do Sul Fluminense, que acumula fracassos desde 2015, quando foi rebaixado na elite estadual - justamente nos tribunais, após utilização de atleta em situação irregular.
Responsável por comandar o Barra Mansa nas últimas seis partidas na Segundona, Thiago Campbell foi o terceiro técnico do time na competição. Ele sucedeu Gilberto Pereira e Luiz Fernando Irala. Nenhum dos três, no entanto, conseguiu atignir um rendimento satisfatório. Campbell, que possui história na casa, pretende dar prosseguimento à trajetória no clube, mesmo que o pleito judicial não traga o resultado esperado.
- É a segunda passagem que tenho no profissional, num segundo momento muito difícil do clube. A primeira foi em 2015, na Copa Rio, quando o clube tinha caído para a Segunda Divisão. Naquele momento o Barra Mansa iria fechar as portas e agregamos dentro e fora das quatro linhas para que o Barra Mansa pudesse se manter. Eu também acrescentei função na parte da gerência, montamos a base, e o clube teve uma eleição no final do ano tendo três concorrentes. Agora o clube tem um novo mandato. Não se sabe se o presidente vai vir ou não para reeleição, mas existem outros candidatos - avaliou o treinador, que prosseguiu.
- O meu objetivo, claro, é continuar o Barra Mansa. Embora seja novo, com 28 anos, tenho bom convívio no clube, tenho mais experiência do que tinha no passado. Dentro do nosso conhecimento, creio que posso agregar para o Barra Mansa ter sucesso muito melhor do que esse ano, independente da divisão que venha atuar. Mas quanto a continuar ou não, primeiro sou profissional da área e estou no mercado. Segundo, a gente precisa ver quem realmente vai estar no comando do clube para definir o futuro.
Thiago Campbell não poupou críticas ao projeto desenvolvido para a disputa da Série B1 deste ano. A gestão do presidente Anderson Martins Florentino, entre algumas falhas, não conseguiu liberar o Estádio Leão do Sul, transformando o Barra num time itinerante, que mandou jogos em diversos estádios espalhados pelo Rio de Janeiro, como Joaquim Flores (Nilópolis), Nivaldo Pereira (Nova Iguaçu), Raulino de Oliveira (Volta Redonda) e Jair Toscano (Angra dos Reis). Neste último, chegou a perder por WO em virtude da falta de ambulância.
- Houve um erro de planejamento no começo da temporada. Não participei desse planejamento, mas quando assumi esse desafio, era conhecedor e ciente dos problemas que haviam. Primeiro temos o compromisso com a nossa carreira, se prontificando e dando o máximo para ajudar o clube a sair dessa situação. O que esteve ao nosso alcance, procurei ajudar dentro e fora das quatro linhas, para o clube chegar nessa reta final - pontuou Campbell, que concluiu em seguida.
- A gente lamenta muito a forma como foi organizado o clube para essa competição, mas agora não adianta. Aconteceu. Foi um erro, tiveram problemas e a gente entende que problemas existem para serem corrigidos. Espero que se resolvam os problemas, se corrijam os erros.
Cabe ressaltar que, apesar de tratar abertamente sobre irregularidades de Carapebus, Serrano e Tigres, o Barra Mansa ainda não acionou o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ). Caso o resultado de campo seja preservado, o destino do Leão será a Terceirona Estadual de 2018.
Fonte: FutRio
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