Os times da elite do Carioca que não disputaram mais nenhum jogo oficial na temporada após o fim do estadual, em sua maioria, coincidentemente ou não, não se saíram bem na Copa Rio. Dos oito clubes sem calendário cheio que entraram em campo na competição, seis estão fora e mais um também podem ficar sem vaga na próxima fase ao fim da última rodada. A única exceção entre eles é o Bonsucesso, que conseguiu avançar antecipadamente e não precisará jogar a vida na próxima quarta-feira, nos confrontos que vão decretar os últimos classificados.
Tanto Nova Iguaçu, quanto Tigres, Cabofriense, Barra Mansa, Bangu e Friburguense, que não participaram de nenhuma divisão nacional após o Carioca, não têm mais chances de avançar. Eles perderam vaga até mesmo para equipes que estavam na Série B do Rio como a Portuguesa e o Gonçalense, que entraram em campo mais recentemente pela Segundona, que se encerrou em julho. O mesmo pode acontecer com o Boavista, que não tem vaga assegurada.
Por outro lado, equipes como Madureira e Volta Redonda, que disputaram a Série C e D respectivamente, conseguiram a classificação por antecipação e podem ser seguidas por Macaé e Resende, que também passaram por calendário cheio na temporada.
Tal questão foi levantada pelo supervisor de futebol do Friburguense, José Siqueira, após a eliminação do Tricolor da Serra. Insatisfeito com o formato da Copa Rio por entender que é prejudicial aos clubes que estão há mais tempo sem atuar, o dirigente do Frizão, mesmo fazendo questão de não tirar os méritos dos adversários que avançaram, avaliou que as equipes com calendário mais cheio levaram vantagem no campeonato.
- O que eu vejo e bato toda hora é a falta de calendário para a gente. Quando você não consegue classificar, você automaticamente paralisa. Foi o que aconteceu com a gente, nós estávamos paralisados há cinco meses. Se você analisar, dos oito que avançam, todos disputaram a Série B, C ou D do Brasileiro ou a Série B do Carioca. E teve o Bonsucesso, que, na chave dele, caiu com outros três que também estavam sem jogar.
Sem tirar a responsabilidade do Friburguense pela queda, Siqueirinha trata ainda de dizer que o clube deveria ter trabalhado melhor a parte emocional para ter tido um desempenho melhor e não sofrer tanto com a paralisação, que, segundo ele, causou a eliminação.
- Não estou dizendo que essa paralisação é a desculpa de um trabalho, não. A responsabilidade é nossa. Tínhamos que ter trabalhado mais a parte emocional dentro da Copa Rio. Mas o Barra Mansa, o Nova Iguaçu, o Tigres, o Bangu, a Cabofriense... desses clubes que estavam parados, só o Bonsucesso classificou, mas, por incrível que pareça, porque tinha no grupo só tinha um time que tinha dado continuidade (a Portuguesa). Então, existe essa dificuldade da paralisação - disse o dirigente, que também sugeriu mudanças no campeonato.
- Esse processo de parar por cinco meses prejudica qualquer tipo de trabalho, de crescer dentro da competição, do emocional estar lá em cima. Se, em vez de quatro grupos, formasse dois grupos, teria uma chance maior, de mais jogos para a questão da recuperação e do tempo parado. Isso poderia ser amenizado com uma competição maior, mas com as mesmas datas.
Na próxima quarta-feira, Audax Rio, Boavista, Macaé, America e Barcelona-RJ entram em campo para disputar uma vaga na próxima fase da competição, enquanto as demais equipes, tanto as classificadas quanto as que não têm mais chances de avançar vão cumprir tabela.
Fonte: GE
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