Fábio Américo (à esquerda) com a camisa do Barra Mansa na Copa Rio 1992 |
Campeão pelo Atlético Paranaense, o ex-zagueiro diz que o futebol nunca saiu de sua cabeça. Por isso, faz questão de usar a experiência adquirida em campo para incluir as crianças no esporte e mostrar a elas que existe um caminho longe das drogas.
- O jogador ainda está dentro de mim. Eu ainda tenho aquele friozinho na barriga. Está no sangue, está na carne, na alma... Não recebo apoio de ninguém. Às vezes, algum companheiro meu dos tempos de Atlético manda um jogo de coletes, bolas... Mas não vou desistir. Vou continuar. Esses meninos são minhas pernas. É a continuidade do trabalho. É mais para tirá-los da rua, do tráfico, de alguma coisa que possa fazer mal a eles – afirmou ele, que usa uma caixinha de som com microfone para se comunicar no banco de reservas.
Mesmo sem apoio financeiro para tocar o projeto, Fábio já colhe resultados. O time masculino da Vila Kennedy é o atual campeão e segue com 100% de aproveitamento na competição deste ano. Além da qualidade técnica, os jovens entram em campo com uma força extra.
- Ele é como um pai para todos nós que participamos desse grupo. Temos que jogar pelas pernas dele... É assim que ele sempre fala. Se fosse comigo, não sei o que iria fazer. É muito difícil mesmo – disse o atacante Robson, autor de um dos gols da vitória por 2 a 1 diante do Rio das Pedras no último sábado.
O time volta a campo no próximo dia 21 para enfrentar a Vila Aliança, às 17h, no campo do Ceres, em Bangu. A entrada é franca. O jogo pode não oferecer grandes jogadas, belos gols... Mas tem o que eles mais precisam: esperança.
* Fábio Américo atuou pelo Barra Mansa em 1992, pela Copa Rio daquele ano.
Fonte: globoesporte.com
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