quarta-feira, 16 de setembro de 2015

História do Barra Mansa Futebol Clube - Parte XVI (1991 a 1995)

Time do BMFC que conquistou o acesso em 1991. Em pé: Itamar (roupeiro) – Paulo Ramos, Haroldo, Beto, Ernani, Gladston, Oliveira, Zé Fogo, Vicente (massagista), Melchior (preparador físico); agachados: Zé Carlos, Wagner, Leco, Pituca, Pelanca e Broinha.   
1991 – Após exatos 21 anos sem competir profissionalmente, o Barra Mansa Futebol Clube ressurge e anuncia a sua volta às atividades com pensamento de ir muito longe. Pela primeira vez, o Leão do Sul confirma participação numa competição promovida pela FERJ. O clube da cidade foi inscrito na segunda divisão do Campeonato Carioca de 1991 e, na primeira fase, foi incluído em um grupo formado por equipes da região sul fluminense. O Barra Mansa estreou no dia 14 de abril, no estádio Cara Nova (Vila Barbará) e empatou em 1 a 1 com o Central, de Barra do Piraí (gol de Leco). O Leão do Sul realizou bons jogos, como a importante vitória de 2 a 0, em casa, sobre do poderoso Entrerriense (gols de Pelanca e Broinha) e terminando na liderança, à frente do rival de Três Rios. Na segunda fase, o Barra Mansa manteve a boa fase e chegou na última rodada invicto e precisando apenas de um empate diante do Entrerriense para avançar de fase, mas, na partida realizada em Três Rios, foi derrotado por 1 a 0, e, assim, eliminado da competição. / No entanto, ainda restava mais uma chance para o Barra Mansa conquistar o acesso. Como havia terminado em segundo lugar em seu grupo, foi permitido ao clube barramansense disputar uma repescagem contra o antepenúltimo do Grupo B da primeira divisão do Estadual. O adversário foi o Olaria e, na primeira partida, no estádio Cara Nova (Vila Barbará), o resultado foi de 1 a 1 (gol de Leco). Na partida de volta, no dia 21 de dezembro, na Rua Bariri, ocorreu novamente um empate em 1 a 1 (com mais um gol de Leco), resultado que foi mantido na prorrogação e que, nos pênaltis, o Leão do Sul levou a melhor (3 a 1), consagrando o goleiro Haroldo. Com esse feito, o Barra Mansa obteve o acesso à primeira divisão, mas em um grupo correspondente a uma divisão inferior à elite do futebol carioca.

1992 – Com o acesso conquistado no ano anterior, o Barra Mansa também teve a oportunidade de disputar a Copa Rio – torneio que a FERJ criou na época para definir uma vaga para a Copa do Brasil. O Leão estreou em 29 de março com um empate (0x0) fora de casa diante do Saquarema. Em 5 de abril, o estádio Ismael Alves de Souza (atual Leão do Sul) foi oficialmente inaugurado com vitória do Barra Mansa por 2 a 1 sobre o Mesquita (gols de Isaías e Josimar). Com uma campanha irregular, o time não conseguiu mais do que um 5º lugar no seu grupo e foi eliminado ainda na fase inicial. / No segundo semestre, o Barra Mansa participou do Grupo B da primeira divisão do Campeonato Carioca. A competição era realizada em dois turnos, porém o regulamento previa que o campeão e o vice do primeiro turno se classificassem para o Grupo A (divisão principal do Estadual). Era a primeira chance do Leão do Sul competir ao lado de Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. O Barra Mansa estreou com vitória de 2 a 0, em 2 de agosto de 1992, no estádio Leão do Sul, sobre o Mesquita (gols de Toti e Itamar), mas nas rodadas seguintes acumulou muitas derrotas e só conquistou mais duas vitórias – 3 a 1 no Olympico  e 1 a 0 na Cabofriense –, terminando o turno apenas na 10ª colocação. / No returno da competição, o Barra Mansa teve mais uma chance de conquistar o acesso à elite do futebol carioca, entretanto, mais uma vez, não obteve uma boa campanha, sendo goleado por 4 a 0 pelo Mesquita na rodada inicial e acumulando sete jogos sem vitórias, quando, enfim, venceu fora de casa o Olympico (2 a 1). O clube chegou até a penúltima rodada com chances mínimas de não ser rebaixado, pois teria que vencer os dois jogos restantes e torcer para uma combinação de resultados. O Leão do Sul se empenhou ao vencer a Cabofriense (1 a 0), em Cabo Frio, e golear o Paduano (4 a 0), em casa, porém os demais resultados não ajudaram e o clube foi rebaixado para segunda divisão por apenas um gol de saldo.      

BM de 1993. Em pé: Zé Cláudio (treinador de goleiros), Haroldo, Serginho, Ernani, Anderson, Márcio, Toninho Ângelo (técnico) e Marcelo Klein (preparador físico); Agachados: Cy, Sandro Cannigia, Marcelo, Broinha, Edmílson e Naldo.
1993 – Para o ano de 1993, o Barra Mansa montou uma equipe para retornar à primeira divisão do Campeonato Carioca em 1994. O Leão do Sul estreou na Série B do Carioca com vitória no primeiro turno, ao superar o Grêmio Km49, de Seropédica, por 1 a 0 (gol de Sandro Magrão). A segunda rodada foi de festa para a cidade, pois o clássico municipal entre Barra Mansa e Siderantim foi realizado no extinto estádio Comendador Pereyra Ignácio, no bairro Saudade, e terminou em 0 a 0. O Barra Mansa obteve boas vitórias nas rodadas seguintes e chegou à última rodada com chances de vencer o turno e, assim, conquistar antecipadamente uma vaga para o quadrangular final da competição. O jogo decisivo foi contra o Heliópolis, fora de casa, e a vitória foi do Barra Mansa por 1 a 0, através de um potente chute de fora da área de Sandro Cannigia. / No segundo turno, o Barra Mansa acumulou resultados negativos nas três primeiras rodadas – derrota para Grêmio Km49 (2x1), empate no “derby” com Siderantim (2x2) e foi goleado pelo Miguel Couto (4x0), derrota esta que resultou na mudança de treinador – saiu Toninho Ângelo e entrou Ricardo Barreto. O novo comandante recolocou o Leão do Sul nos eixos visando os jogos decisivos do quadrangular final. / Na fase final, as equipes de Bayer de Belfort Roxo, Duque de Caxias e União Macaé se juntaram ao Barra Mansa em busca de duas vagas para a primeira divisão do Estadual de 1994. Na rodada inicial, o Leão do Sul foi a Belfort Roxo e perdeu para o Bayer por 1 a 0. Em seguida, o clube se recuperou com um triunfo de 1 a 0 contra o União Macaé (gol de Cy). As três rodadas seguintes foram de empates – Duque de Caxias (1x1), Bayer (0x0) e União Macaé (1x1). O Barra Mansa garantiu o acesso à primeira divisão com vitória de 1 a 0, na última rodada, sobre o Duque de Caxias (com Naldo marcando de pênalti). O Leão se sagrou vice-campeão da segunda divisão do Campeonato Carioca, sendo superado apenas pelo Bayer.

1994 – O Barra Mansa viu sua divisão no estadual mudar de nome – de Grupo B para Módulo Intermediário da primeira divisão do Campeonato Carioca –, mas, no final das contas, era a mesma divisão de acesso para a elite do futebol do Rio de Janeiro. O Leão do Sul estreou no dia 27 de fevereiro com empate em 0 a 0 diante do Mesquita. O início foi ruim e só foi vencer a primeira partida na quarta rodada contra o Barreira, de Saquarema, por 1 a 0 (gol de Zé Carlos). Mesmo com tantos resultados negativos, o Barra Mansa teve forças para se recuperar e obteve uma reviravolta na reta final da primeira fase. O time venceu todas as três últimas partidas – Serrano de Petrópolis por 2 a 0 (gols de Magrão e Rubinho), Saquarema por 1 a 0 (Cy) e, no dia 1º de maio, garantiu a classificação para a segunda fase com vitória de 2 a 0 sobre o Olympico (Magrão e Cy). / Na segunda fase da competição, o Leão do Sul não demonstrou forças para prosseguir no campeonato e só conquistou um ponto em seis partidas – empatou na estreia em 0 a 0 contra a Portuguesa, na Iha do Governador, e empreendeu uma sequência de cinco derrotas seguidas até o último jogo –, terminando o campeonato em sétimo lugar no geral. / No final do segundo semestre, o Barra Mansa disputou novamente a Copa Rio. O time teve um início ruim, não vencendo nenhuma das três primeiras partidas. Mas, a partir da quarta rodada, teve uma recuperação incrível ao vencer quatro jogos e empatar outro. Merece destaque a surpreendente vitória sobre o Volta Redonda por 1 a 0 (gol de Juarez em cobrança de falta), no dia 23 de outubro, no Estádio Raulino de Oliveira, um dos triunfos mais comemorados pela torcida barramansense. No entanto, o destino recolocou o Voltaço no caminho do Leão do Sul para uma partida de desempate, já que ambas equipes terminaram empatadas no seu grupo. O esperado confronto ficou conhecido como a “Decisão do Sul” e, em campo neutro, o Barra Mansa foi à cidade de Três Rios e acabou sendo derrotado por 4 a 1, parando na primeira fase do torneio.
BM campeão do Módulo Intermediário 1995. Em pé: Brito, Flávio, Ernani, Anderson Vassouras, Naldo, Luiz Carlos Zebrão, Nil, André Mineiro e Juarez; agachados: Juninho,Telmo, Luis Fernando, Rubinho, Palhinha, Todinho e João Lino.
1995 – O Barra Mansa disputou o Módulo Intermediário A do Campeonato Carioca da primeira divisão, com clubes correspondentes a uma segunda divisão. O Leão do Sul estreou em 21 de janeiro e venceu a Portuguesa por 2 a 1 (gols de João Lino e Naldo). A equipe continuou fazendo boa campanha, sempre se mantendo entre os primeiros, até que o destino reservou ao Barra Mansa vivenciar uma emocionante rodada decisiva. Para a última rodada, a situação era de extremo equilíbrio entre quatro equipes: Bonsucesso (26 pontos), Nova Iguaçu (24), Barra Mansa (24) e Bayer (23). Para dar ainda mais emoção, esses quatro times se enfrentavam entre si. Todos tinham chances de ser campeão e conquistar uma das duas vagas para a elite do futebol carioca. Ao Barra Mansa, a vitória contra o Nova Iguaçu garantia uma das vagas, mas, se o Bayer também vencesse o Bonsucesso, o Leão do Sul seria o campeão. No dia 16 de março, os resultados foram assim: o Bayer venceu o Bonscesso por 2 a 0 e o Barra Mansa derrotou o Nova Iguaçu por 1 a 0 (com gol de Luis Fernando entrando pela esquerda e chutando cruzado quase sem ângulo), conquistando o título para a alegria de muitos torcedores barramansenses que lotaram vários ônibus até a baixada fluminense. Tal feito heroico foi muito comemorado em Barra Mansa, já que, pela primeira vez, o clube da cidade enfrentaria os principais times da capital no Campeonato Carioca de 1996. / Mais desafios ainda aguardavam o Leão do Sul. O “confuso” regulamento do campeonato carioca previa um cruzamento entre os campeões dos Módulos Intermediários A (Barra Mansa) e B (Barra de Teresópolis) para decidir com o Entrerriense uma última vaga para o Octagonal Final do Módulo Especial e, desse modo, poder decidir o principal título do estado do Rio de Janeiro. No dia 18 de março, o Barra Mansa foi à cidade de Niterói e, em jogo único, perdeu para o Barra pelo placar de 1 a 0, encerrando sua participação na competição. / Para o segundo semestre, o Barra Mansa montou um reforçado time para disputar a Copa Rio – contratou os craques Adílio (ex-Flamengo) e Mendonça (ex-Botafogo). Na primeira rodada, o Leão do Sul goleou o Mesquita por 5 a 0 (gols de Juninho, Hamilton 2x, Mendonça e André) e manteve a boa campanha nos jogos seguintes. Na aguardada estreia do meia Adílio, a equipe enfrentou o Nova Iguaçu no dia 1º de outubro, no estádio Leão do Sul, e venceu por 2 a 0 (gols de André e Mendonça), garantindo a classificação para a fase seguinte. O próximo adversário foi o Bayer e o Barra Mansa venceu o primeiro jogo e perdeu o segundo, conquistando a vaga na decisão de pênaltis. Na fase seguinte, contra o Entrerriense, o time barramansense perdeu o jogo fora e venceu em casa, conquistando mais uma vez a classificação nos pênaltis. O Volta Redonda foi o próximo oponente e, após um empate em 0 a 0 em casa, o Barra Mansa foi eliminado ao perder por 3 a 0 na cidade do aço, encerrando sua boa participação na Copa Rio.
Na Copa Rio 1995, estreia de Adílio. Em pé: Itamar (roupeiro), Gaúcho Lima, Cerdá, Luciano, André, Mineiro, Anderson, Juarez e Cafu (preparador físico); Agachados: Barão, Mendonça, Juninho, Rubinho e Adílio.
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