segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Ex-diretor do Botafogo mostra disposição de assumir Barra Mansa para o clube participar da 3ª divisão


Fonte: "Foco Regional"

JOSÉ ROBERTO MENDONÇA
Afastado do futebol profissional desde 2001, o Barra Mansa poderá voltar a disputar este ano a terceira divisão do futebol do Rio. E isso poderá vir a acontecer pelas mãos do empresário Antônio Rodrigues (na foto à direita), ex-diretor do Botafogo na gestão de Carlos Augusto Montenegro. O contato com o empresário foi feito pelo subsecretário de Governo do Interior, Edílson Silva. Rodrigues esteve em Barra Mansa no final do mês passado para visitar as instalações do Leão do Sul, na Colônia Santo Antônio – estádio municipal cedido ao clube – e no Estádio Baldomero Bárbara, que poderá vir a ser o local de jogo quando a equipe tiver o mando de campo dos jogos.
Ele se reuniu na Babará com Edílson, o prefeito Roosevelt Brasil, o diretor da Susesp (Superintendência de Obras Públicas), José Renato Bruno Carvalho, o engenheiro Renine César, diretor do Saae, e dirigentes da Saint Gobain, à qual pertence o estádio.
Afundado numa dívida de R$ 300 mil, o Barra Mansa suspendeu suas atividades desde 2003, quando disputou a Copa Zico, uma fracassada tentativa do ex-craque do Flamengo de criar uma outra atividade para os times pequenos alijados do Campeonato Estadual. A prefeitura quer desapropriar a área do Barra Mansa na Rua Cristóvão Lea, originando recursos para que o clube pague suas dívidas e retorne ao futebol profissional. Mas, para Edílson, a dívida do Barra Mansa não será empecilho para que o Leão do Sul venha a retomar as atividades profissionais.
"Barra Mansa precisa da volta do Leão do Sul. Estive com o presidente da federação, Rubens Lopes, e posso afirmar que a participação do Barra Mansa (na terceira divisão) é quase certa. As pessoas que estão na comissão provisória do clube amam o Barra Mansa e acredito que há muito pouco a se definir", disse o secretário.
Time conquistou vaga, mas não disputou em 94
Edílson deu a entender que o clube já teria a garantia de uma ajuda financeira da prefeitura de Barra Mansa e ressaltou a seriedade de Antônio Rodrigues para gerir o futebol do clube. "A dívida pode ser equacionada. O tempo é curto. O campeonato de juniores já começa em março. O de profissionais começa em agosto e este, sim, é importante ganhar para subir para a segunda divisão", afirmou o subsecretário. Segundo ele, está sendo conversado com a direção da Saint Gobain o uso do estádio pelo Leão para a disputa da terceira divisão. "Neste momento, o Estádio Leão do Sul não tem condições de uso. O estádio da Barbará pode ser a nova casa do Barra Mansa, até o estádio da Colônia estar em condições. Posso assegurar que está sendo discutido um retorno não suicida. Tudo está sendo muito bem amarrado", garantiu Edílson, afirmando que estão sendo buscados também patrocínios para o Leão.
Antônio Rodrigues, que esteve na cidade acompanhado do técnico Ricardo Barreto (na foto à esquerda), também demonstrou otimismo em relação ao projeto de trazer de novo o Barra Mansa para o futebol profissional do estado. "Viemos conhecer as instalações disponíveis para iniciar o trabalho pelos juniores. O campeonato começa no dia 20 (de março) e pode ser uma preliminar para a terceira divisão. Acho que poderemos, nos próximos dois anos, levar o Barra Mansa de novo à primeira divisão", disse Rodrigues. Segundo ele, o clube já foi inscrito para a disputa do campeonato de juniores. O empresário, no entanto, ao ser indagado se a dívida poderia comprometer os planos, acabou não respondendo diretamente à pergunta.
Já o técnico Ricardo Barreto, que levou o time a obter a vaga para a primeira divisão, e, como os torcedores do clube, assistiu estupefato à mudança de regras na federação – que acabou impedindo a participação do Barra Mansa e do Bayer, de Nova Iguaçu – lembrou o fato de 2008 ser o centenário do Barra Mansa. Dizendo ter carinho pelo clube, frisou que vê a possível volta com bons olhos. "Tenho muito carinho pelo Barra Mansa. Classificamos o time para a primeira divisão, em 93, mas por motivos políticos o Eduardo Viana acabou impedindo o time, assim como o Bayer, de disputar a primeira divisão. Estou muito otimista", declarou o treinador.

Nenhum comentário: